Preso na última segunda-feira (27/11) suspeito de uma chacina que vitimou mãe e três filhas, em Sorriso (MT), Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, também era considerado foragido por um crime cometido em Mineiros, no sudoeste goiano. O homem é acusado de latrocínio contra um jornalista, que teria tentado se relacionar amorosamente com ele.
Conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás à Justiça, o crime aconteceu em 22 de dezembro de 2013. Autor e vítima se conheceram em um bar na cidade de Mineiros, os dois conversaram até que o jornalista Osni Mendes ofereceu uma carona ao acusado para irem até outro bar.
Os dois entraram no carro do jornalista. Durante o trajeto, Osni alegou que queria fazer xixi e parou o carro, convidando Gilberto para descer também. Já do lado de fora do veículo, Osni tentou beijar o homem, que reagiu lhe empurrando e dando socos no rosto.
A partir disso, eles entraram em luta corporal, até que o jornalista foi nocauteado. Osni foi enforcado com a própria camisa até a morte. Na sequência, Gilberto roubou o carro da vítima.
Confessou chacina e assassinato de jornalista
De acordo com o inquérito policial, após matar Osni, Gilberto fugiu no carro do jornalista e se escondeu na chácara de um amigo. No entanto, ele passou a usar o veículo na cidade. Ele foi encontrado pela polícia cinco dias após o crime em um bar de Mineiros.
Ao ser abordado pelos policiais e questionado sobre a origem do carro, Gilberto não reagiu e imediatamente confessou o crime. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia.
Como o jornalista foi morto com extrema violência e Gilberto fugiu da cena do crime, o delegado da época pediu à Justiça que a prisão dele fosse convertida em preventiva. O pedido foi aceito pela Justiça e, com isso, Gilberto passou a ficar preso de forma preventiva no presídio da cidade.
Foragido
Gilberto ficou preso por mais de 160 dias. Porém, conseguiu na Justiça um relaxamento de prisão em junho de 2014, em razão do excesso de prazo na conclusão do inquérito policial.
O caso foi encaminhado para juízo em 6 de janeiro de 2014, mas o Ministério Público decidiu encerrar prematuramente a investigação policial, tendo solicitado a realização de algumas ações investigativas que deveriam ser concluídas em um prazo de 30 dias.
Os documentos relacionados ao caso foram enviados de volta à delegacia em 27 de janeiro de 2014. Contudo o inquérito só foi devolvido ao tribunal em 21 de maio de 2014, cerca de 4 meses desde a sua remessa inicial. Durante todo esse período a prisão preventiva do acusado continuou em vigor.
Gilberto voltou à liberdade e, quando intimado novamente para prestar esclarecimentos, não foi mais encontrado. A Justiça decidiu expedir novamente um mandado de prisão preventiva contra ele, em 24 de janeiro de 2018, mas a ordem nunca chegou a ser cumprida.
Com a prisão dele no Mato Grosso, na última segunda-feira (27/11), por causa da chacina, a Justiça de Goiás atualizou o processo da morte de Osni para réu preso.
Com informações: Metropoles