Elielson da Silva Campos, 24, Luzilene Marques Alburquerque, 39, e Sulivan Ferreira Maia, 46, foram presos por envolvimento na morte de Edy Claúdia Oliveira Alves, de 41 anos, morta em dezembro do ano passado no bairro Presidente Vargas, zona Sul.
Segundo o delegado Thomaz Vasconcelos Dias, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), Sulivan era o marido da vítima e teria um caso extraconjugal com Luzilene. Como estava em processo de separação com a vítima, ele não queria dividir os bens e por isso, optou pela execução de Edy.
Ele e a amante contrataram Elielson para cometer o crime, que ocorreu por volta das 21h30 do dia 27 de dezembro, no momento em que a vítima estava retornando da choperia na qual era proprietária. Ele então simulou uma tentativa de roubo, fazendo parecer uma situação de latrocínio, mas tudo mudou após a identificação do atirador.
“Concluímos que ele cometeu o crime dissimulando um roubo seguido de morte, entretanto o seu intuito principal seria executar a Edy Claúdia, a mando de seu marido. Ele pagou R$ 10 mil para que a mulher fosse executada, inclusive de forma muito cruel, às vésperas do final de ano, na presença da filha, da sobrinha e de um neto, colocando, também, em risco a vida dos demais”, contou.
Conforme o delegado, Elielson confessou que no momento em que iria executar Edy Claúdia, a arma deu pane, mas depois efetuou três disparos, até perceber que a vítima estava agonizando no chão. Nesse momento ele pegou R$ 500 dela para simular o crime de latrocínio.
“Para que não ficasse nenhum rastro, Luzilene ficou encarregada de arrumar uma pessoa para repassar o valor de R$ 10 mil, para depois ser depositado na conta do atirador. Em 15 dias de investigação, conseguimos constatar que o crime teria participação de três pessoas: o autor, que responde por roubo majorado em regime semiaberto; a amante de Sulivan e o marido da vítima”, esclareceu.
Marido perigoso
Ainda conforme o titular da DERFD, Sulivan possui um antecedente criminal grave, na qual responde por um homicídio cometido em 2016, quando já era casado com Edy Cláudia. Ele estaria tendo outro relacionamento extraconjugal com uma jovem, que acabou a engravidando.
“Ele tinha uma amante, uma jovem, que estava grávida de seis meses e apareceu morta, afogada, na praia do Açutuba. Na noite anterior ao encontro do corpo, testemunhas viram o indivíduo chegando no local na companhia da jovem e sair sozinho. Ou seja, ele cometeu o homicídio, jogou o corpo no rio e foi embora”, acrescentou o delegado Thomaz Vasconcelos.
A prisão de Sulivan será comunicada para a Vara de Iranduba, para que também seja representada pela prisão preventiva dele. Além disso, juntamente com Luzilene, ele responderá pelo crime de homicídio qualificado e Elielson responderá por homicídio qualificado e roubo majorado.