A TV 3.0 será baseada em aplicações, permitindo um maior nível de personalização para os usuários
A evolução da televisão aberta e os impactos da TV Digital 3.0 na experiência do usuário foram debatidos em um workshop promovido pela Fundação Desembargador Paulo Feitoza (FPFtech), na última semana. O evento reuniu especialistas para discutir como a nova tecnologia promete transformar o setor e o papel da Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) nesse processo.
A abertura foi conduzida por Glaucio Messias, gestor de projetos e Head de Inovação de Sustentação da FPFtech, que destacou a trajetória da instituição na inovação tecnológica. Ele lembrou projetos desenvolvidos pela fundação, como o mouse ocular, que possibilita a navegação sem o uso das mãos, e o aplicativo oficial das Olimpíadas de 2016, além das unidades de negócios WIT, HAWK e a Escola Tecnológica.
O principal palestrante do evento, Orlewilson Maia, especialista em qualidade de software e convergência digital da TPV, empresa que atua no desenvolvimento de tecnologias para televisores.
Em sua apresentação, Maia fez um comparativo entre o consumo de conteúdo na internet e a evolução da televisão, ressaltando a necessidade de adaptação do meio televisivo às novas demandas da audiência. Ele destacou que a TV sempre acompanhou as mudanças tecnológicas e que, com a TV Digital 3.0, o objetivo é oferecer uma experiência ainda mais imersiva, com imagem e som aprimorados, acessibilidade, interação e integração com outros dispositivos conectados à mesma rede.
A TV 3.0 será baseada em aplicações, permitindo um maior nível de personalização para os usuários. Segundo Maia, a nova tecnologia trará integração entre a TV aberta e serviços digitais, ampliando a acessibilidade com recursos como audiodescrição e Libras. Além disso, possibilitará a criação de perfis de usuário que poderão ser compartilhados com as emissoras para recomendações personalizadas e oferecerá uma experiência imersiva com elementos de realidade virtual, iluminação dinâmica e efeitos sensoriais.
Outro avanço será a conectividade com periféricos, permitindo a comunicação entre a TV e outros dispositivos inteligentes dentro de casa. A previsão é que essa nova geração de televisores esteja disponível nos próximos dois a três anos, trazendo ao público uma experiência semelhante à dos serviços de streaming, mas no formato da TV aberta.
O evento reforçou o papel estratégico de centros de inovação como a FPFtech no desenvolvimento e implementação dessas novas tecnologias. Para Glaucio Messias, a parceria entre a fundação e empresas do setor, como a TPV, permite antecipar tendências e preparar profissionais para os desafios da nova era digital. Ele destacou que a FPFtech é referência em inovação e desenvolvimento de tecnologia, portanto, discutir a TV 3.0 neste momento é essencial para entender o futuro do entretenimento e como a fundação pode contribuir com essa transformação.
Fotos: Leonardo Marinho/Uplink
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