Resultados se baseiam em mais de 1,3 milhão de menções ao tema coletadas até às 17h de sexta-feira
Após a divulgação da operação da PF (Polícia Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares — o debate nas redes sociais se dividiu entre apoiadores e críticos da ação.
Segundo monitoramento da Quaest, 59% das menções sobre o assunto manifestavam apoio à operação, enquanto outras 41% se concentravam em defender Bolsonaro e criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os resultados se baseiam em mais de 1,3 milhão de menções ao tema nas principais redes sociais e sites de notícias. O monitoramento foi realizado até às 17h de sexta-feira (18).
Segundo a Quaest, a operação impulsionou um pico de engajamento nas plataformas digitais por volta das 10h, com um volume de menções ultrapassando 150 mil.
Ainda de acordo com o levantamento, entre os comentários dos defensores do ex-presidente, a associação da operação à “censura” e “ditadura” se destaca, aparecendo em 10% das postagens.
Grupos de direita
Em grupos públicos de mensagens alinhados à direita, às críticas ao STF e a Moraes dominaram as conversas. De acordo com a Quaest, a cada 100 mil mensagens, 32 mil eram nesse sentido.
Na sequência, também predominaram mensagens sobre o monitoramento eletrônico do ex-presidente (12 mil mensagens a cada 100 mil) e críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, (4 mil a cada 100 mil).
Operação da PF
Na sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes autorizou, a pedido da PF, operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Jair Bolsonaro.
Na residência do ex-mandatário foram apreendidos um celular, um pen drive e cerca de US$ 14 mil.
O magistrado também determinou a aplicação de medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana.
As cautelares foram autorizadas sob a alegação de risco de fuga do ex-presidente, que é réu na ação penal que apura um plano de golpe de Estado e investigado, junto a seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposto atentado à soberania nacional.
Em entrevista, Bolsonaro negou que tivesse intenção de deixar o Brasil e classificou as medidas como “suprema humilhação”.
Informações: Cnn Brasil