A crise humanitária em Gaza aprofundou-se, nesta quinta-feira (12), à medida que os jatos de Israel continuam a atacar o enclave densamente povoado em resposta aos brutais ataques terroristas do Hamas – enquanto o governo israelense forma um gabinete emergencial de guerra e ordena aos hospitais que se preparem para uma esperada escalada de violência.
O conflito de décadas entre israelenses e palestinos entrou em território desconhecido nesta semana, depois que Israel sofreu o pior ataque do grupo radical islâmico palestino desde a sua fundação, há 75 anos.
Israel intensificou a sua ofensiva em Gaza após o ataque do Hamas iniciado, no último sábado (7), quando homens armados invadiram Israel pela fronteira fortemente fortificada.
O Hamas matou mais de 1.200 pessoas, ferindo milhares de outras em um ataque coordenado através de comunidades do país, onde também fizeram cerca de 150 reféns.
As atrocidades provocaram repulsa internacional e promessas por parte do governo de Israel de destruir o Hamas, que continuou a disparar foguetes contra cidades israelenses nos últimos cinco dias.
Desde então, pelo menos 1.354 pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
Mais de 6 mil ficaram feridos, disse o Ministério, enquanto os ataques aéreos israelenses continuam a atingir a faixa densamente povoada, dizimando edifícios, reduzindo ruas inteiras a escombros e prendendo moradores.
Israel ordenou um “cerco completo” ao enclave onde vivem 2 milhões de pessoas, incluindo a suspensão do fornecimento de eletricidade, alimentos, água e combustível.
Nesta quinta-feira (12), o ministro da Energia de Israel, Israel Katz, disse que o fornecimento permaneceria cortado até que os reféns mantidos pelo Hamas fossem soltos.
“Nenhum interruptor será ligado, nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os israelenses sequestrados retornem para casa”, disse Katz nas redes sociais.
Fonte: CNN Brasil