Aliança tem papel importante na disputa entre Ucrânia e Rússia. Apesar de a Ucrânia não ser um membro, ela é chamada de ‘país parceiro’ e sua participação no grupo é considerada.
A Otan (sigla que significa Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança formada por 30 países, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido e França (veja lista completa abaixo).
A organização foi criada em 1949, no período da chamada Guerra Fria, sob a liderança dos EUA em oposição à extinta União Soviética. Com o fim do bloco comunista em 1991, a Otan passou a atuar, sobretudo, como uma aliança que zela pelos interesses econômicos dos membros.
A Otan atuou diretamente, por exemplo, na Líbia, no conflito que derrubou o ditador Muammar Gaddafi, na guerra do Afeganistão iniciada em 2001 e na do Iraque iniciada em 2003.
Ucrânia, parceira da Otan
A aliança tem papel importante na disputa entre Rússia e Ucrânia. Apesar de a Ucrânia não ser um membro da aliança, ela é um considerada um “país parceiro”. Ucranianos, inclusive, pleiteavam entrada no grupo, o que foi um dos motivos para a invasão russa.
Em março, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que o país não deverá integrar a aliança. Países da Otan, no entanto, seguiram abastecendo a Ucrânia com armas, o que irritou os russos.
O governo de Vladimir Putin quer o afastamento da Otan de países do leste europeu e teme que a presença da organização na Ucrânia sirva de base para o lançamento de mísseis contra a Rússia.
A Rússia também foi contrária à adesão da Finlândia e da Suécia ao grupo, em meio à Guerra na Ucrânia.
Tratado da Otan prevê reação contra agressões
Nesta terça-feira (15), bombardeiros russos à Ucrânia causaram uma explosão que matou duas pessoas na Polônia, que é um país-membro da Otan.
O tratado da Otan é composto por 14 artigos. Ao comentar a invasão da Ucrânia pela Rússia no início deste ano, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, citou o artigo 4, que diz:
Artigo 4.º
As Partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes.
O artigo 5 também fala sobre invasões a países que fazem parte da Otan:
Artigo 5.º
As Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou coletiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a ação que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte.
Qualquer ataque armado desta natureza e todas as providências tomadas em consequência desse ataque serão imediatamente comunicados ao Conselho de Segurança. Essas providências terminarão logo que o Conselho de Segurança tiver tomado as medidas necessárias para restaurar e manter a paz e a segurança internacionais.
Em outubro, o presidente russo Vladmir Putin afirmou que qualquer confronto direto das tropas da Otan com a Rússia levaria a uma ‘catástrofe mundial’.
Membros da OTAN
- ALBÂNIA (2009)
- ALEMANHA (1955)
- BÉLGICA (1949)
- BULGÁRIA (2004)
- CANADÁ (1949)
- REPÚBLICA CHECA (1999)
- CROÁCIA (2009)
- DINAMARCA (1949)
- ESLOVÁQUIA (2004)
- ESLOVÉNIA (2004)
- ESPANHA (1982)
- ESTADOS UNIDOS (1949)
- ESTÓNIA (2004)
- FRANÇA (1949)
- GRÉCIA (1952)
- HOLANDA (1949)
- HUNGRIA (1999)
- ISLÂNDIA (1949)
- ITÁLIA (1949)
- LETÓNIA (2004)
- LITUÂNIA (2004)
- LUXEMBURGO (1949)
- MACEDÓNIA DO NORTE (2020)
- MONTENEGRO (2017)
- NORUEGA (1949)
- POLÓNIA (1999)
- PORTUGAL (1949)
- REINO UNIDO (1949)
- ROMÉNIA (2004)
- TURQUIA (1952)
Fonte: G1