O placar da votação da PEC do Estouro no Senado aponta que a base aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) votou majoritariamente a favor do texto defendido pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um bom sinal disso é o placar que mostra como cada partido encaminhou a votação. Apenas o PL, de Jair Bolsonaro, e o PP, de Ciro Nogueira, orientaram a votação contra a PEC. O Republicanos, que junto a esses dois formou o eixo central do governo Bolsonaro, orientou a favor da PEC, em um claro sinal a Lula.
E ainda assim, mesmo com a orientação de PP e PL contra a PEC, houve senadores dessas legendas que votaram a favor. Caso por exemplo de Wellington Fagundes (PL-MT), Zequinha Marinho (PL-PA) e Mailza Gomes (PP-AC).
Até mesmo o PTB, que se notabilizou como um partido bolsonarista raiz liderado na maior parte do governo por Roberto Jefferson, orientou a favor da PEC. Fernando Collor, apoiador de Bolsonaro nas eleições, votou a favor dela.
Ao fim, a minoria de 13 senadores contrários a PEC representava grupos que transcendiam o mero governismo bolsonarista. Há ali defensores da estabilidade econômica e fiscal, como o senador Esperidião Amin (PP-SC), e integrantes da bancada “ética”, como Reguffe (sem partido-DF).