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Excesso de Fake News: Justiça determina multa de R$ 50 mil e suspensão do Blog Radar Amazônico

ByPor Redação

out 24, 2024

Manaus – O blog Radar Amazônico foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) a retirar seu site e redes sociais do ar nesta quarta-feira, 23 de outubro de 2024, em uma decisão do juiz eleitoral Roberto Santos Taketomi. A medida foi tomada após o portal descumprir uma ordem judicial que concedia o direito de resposta ao requerente David Almeida, em resposta a uma publicação difamatória.

Na decisão, o juiz impôs uma multa de R$ 50.000,00 e determinou a suspensão das atividades do Radar Amazônico até as 00h01 do dia 28 de outubro de 2024, um dia após o segundo turno das eleições municipais. O blog tem um prazo de quatro horas, a partir da intimação, para cumprir a ordem. O juiz constatou que o portal não apenas protelou o cumprimento da decisão, mas também adotou estratégias de “ofuscamento digital” para minimizar o alcance da resposta, configurando grave má-fé processual. Essa conduta compromete a transparência e a integridade do processo eleitoral.

Publicar conteúdos que obscurecem uma resposta judicial não é apenas uma violação técnica; é uma afronta à integridade do sistema eleitoral. Em um momento em que a credibilidade da Justiça Eleitoral é crucial, ações como essas colocam em risco a confiança pública nas instituições democráticas. O Radar Amazônico não apenas reiterou as acusações iniciais, mas desafiou abertamente a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, o que é inaceitável para qualquer veículo de comunicação.

Ao agir com celeridade e rigor diante do descumprimento da decisão, o juiz Taketomi não apenas demonstrou seu compromisso com a Justiça, mas também protegeu o direito de resposta do requerente, David Almeida. Sua atuação reafirma a importância da responsabilidade na divulgação de informações, especialmente em um contexto eleitoral.

A decisão da Justiça é um chamado à reflexão sobre as práticas de portais de notícias que, em nome da liberdade de expressão, muitas vezes cruzam limites éticos. A informação mal utilizada pode gerar consequências devastadoras, incluindo a desinformação e a manipulação da opinião pública, como ocorreu com o blog Radar.

Em tempos de intensa polarização e desinformação, é essencial que os portais de notícias atuem com responsabilidade, respeitando as determinações judiciais e contribuindo para um ambiente informativo saudável.  A conduta do Radar Amazônico exemplifica como a proliferação de fake news pode minar a confiança pública nas instituições e comprometer a integridade do debate democrático.

Mesmo após a decisão judicial, a proprietária do blog, Any Margareth, declarou em um vídeo que continuará publicando suas notícias, que foram consideradas difamatórias pelo juiz. Em suas redes sociais, ela prometeu não se calar, desafiando a ordem da Justiça. Essa postura desafiadora não apenas ignora a decisão, mas também reafirma a necessidade de medidas rigorosas contra a disseminação de fake news. A insistência em veicular informações que desrespeitam a autoridade judicial apenas confirma a urgência da ação tomada pela Justiça, que visa proteger a integridade do processo democrático e a credibilidade das instituições.

Informações: CM7

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